O Tele Oncoped ICIA é uma iniciativa do Instituto do Câncer Infantil do Agreste em apoio com a Secretaria Municipal de Saúde de Caruaru, criado para auxiliar médicos e outros profissionais da saúde no atendimento de casos suspeitos de câncer em indivíduos de 0 a 19 anos e encaminhamento para tratamento no ICIA.
Os atendimentos são realizados pelo telefone 0800 0606 142 (ligação gratuita) e plataforma, sendo realizados pela equipe especializada do Instituto do Câncer Infantil do Agreste que orienta a melhor conduta conforme protocolo e fluxo de encaminhamento.
As leucemias são um tipo de câncer que acomete o sangue. É o câncer mais comum na faixa etária pediátrica, presentando mais de 25% de todos os casos. O tipo mais comum é a Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA).
Sintomas:
Fraqueza e cansaço progressivo, palidez, sangramentos ou manchas roxas, febre prolongada com piora progressiva, dores ósseas persistentes.
Os tumores cerebrais e do sistema nervoso central são o segundo tipo mais comum em crianças, representando aproximadamente 20% dos cânceres infantis. Existem muitos tipos de tumores cerebrais e o tratamento e prognóstico de cada um é diferente.
Sintomas:
Dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva ou dupla, tontura e dificuldade para caminhar ou manipular objetos.
O neuroblastoma é uma forma de câncer que se inicia precocemente nas células nervosas encontradas em um embrião ou feto em desenvolvimento, sendo responsável por cerca de 6% dos cânceres infantis. Esse tipo de câncer ocorre em lactentes e bebês. Raramente é diagnosticado em crianças com mais de 10 anos. Esse tumor pode começar em qualquer local, mas geralmente é diagnosticado no abdome.
Sintomas:
É percebido pelo aparecimento de inchaço na região abdominal, dor óssea e febre.
O tumor de Wilms é um tumor que começa em um ou, raramente, ambos os rins. É mais frequentemente diagnosticado em crianças de 3 a 4 anos de idade, sendo incomum em crianças mais velhas e adultos. O tumor de Wilms representa 5% dos cânceres infantis.
Sintomas:
Ele pode surgir como um inchaço ou nódulo no abdome, febre, dor, náuseas ou falta de apetite.
Os linfomas frequentemente afetam os gânglios linfáticos e os tecidos linfáticos, como amígdalas ou timo. Eles também podem afetar a medula óssea e outros órgãos, provocando sintomas diferentes dependendo do local onde está se desenvolvendo. Existem vários tipos de linfomas, sendo os linfomas mais comuns na infância o linfoma de Burkitt e Linfoblástico. Ambos os tipos podem ocorrer tanto em crianças como em adultos.
Sintomas:
Os linfomas podem causar perda de peso, febre, sudorese, fraqueza e aumento de tamanho dos linfonodos do pescoço, axilas ou virilha.
O rabdomiossarcoma é o tipo mais comum de sarcoma de partes moles em crianças, começa nas células que normalmente se desenvolvem nos músculos esqueléticos e que participam do movimento do corpo. Ele pode ocorrer na cabeça e no pescoço, virilha, abdome, pelve ou nos membros (braços ou pernas). representando cerca de 3% dos cânceres infantis.
Sintomas:
Ele pode causar dor e/ou inchaço no local de crescimento do tumor.
É um câncer do olho e representa cerca de 2% dos cânceres infantis. Geralmente ocorre em crianças na faixa etária de 2 anos e raramente é diagnosticado em crianças com mais de 6 anos.
Sintomas:
Os retinoblastomas são normalmente diagnosticados porque os pais ou o médico percebem algo atípico no olho da criança. Ao direcionar uma luz ao olho de uma criança, a pupila aparece vermelha devido ao sangue dos vasos do fundo do olho. No olho com retinoblastoma, a pupila, tem o aspecto branco ou rosa. Este brilho branco no olho geralmente é percebido em fotos tiradas com flash.
Os tumores ósseos ocorrem mais frequentemente em crianças mais velhas e em adolescentes, mas podem se desenvolver a qualquer idade. Eles representam cerca de 3% dos cânceres infantis. Os 2 tipos principais de tumores ósseos que acometem crianças são o osteossarcoma e o tumor de Ewing.
Sintomas:
Dores persistentes e com piora progressiva, inchaço ou aumento do volume do membro afetado, fraturas patológicas.
O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, é mais agressivo e de rápida evolução.
No Brasil, conforme dados do DATASUS são registrados mais de 10 mil novos casos de câncer infantil ao ano.
Nos tumores da infância e adolescência, até o momento, não existem evidências científicas que deixem claro a associação entre a doença e os fatores ambientais. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e à orientação terapêutica de qualidade.
O câncer na faixa etária pediátrica ocorre principalmente nos tecidos de sustentação e sangue. Os tipos mais comuns são as leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas e tumores sólidos como o neuroblastoma, sarcomas e o tumor de Wilms.
Sim. Fatores genéticos estão ligados ao desenvolvimento do câncer na faixa etária pediátrica. No entanto, esses fatores nem sempre são hereditários ou podem ser previsto. Atualmente, o foco das investigações está voltado para alterações genéticas que podem predispor ao câncer.
Por apresentar sintomas inespecíficos, o câncer pode muitas vezes ser confundido com outras doenças comuns na infância. É importante que sintomas persistentes e com piora progressiva sejam percebidos e a criança ou adolescente avaliada por médico capacitado. A detecção precoce é muito importante para o sucesso do tratamento e a obtenção da cura total da doença.
• Perda de peso contínua e inexplicável;
• Dores de cabeça diárias com ou sem vômito de manhã;
• Inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações;
• Protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local;
• Desenvolvimento de uma aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças repentinas na visão;
• Febres recorrentes não causadas por infecções;
• Hematomas excessivos ou sangramento, geralmente repentinos;
• Palidez perceptível ou cansaço prolongado.
Não. O câncer pode ocorrer em qualquer idade, desde o período intraútero até a fase adulta. A faixa etária onde ocorrem o maior número de casos na infância ocorre entre os 2 e 5 anos.
O tratamento do câncer infantil é determinado com base no tipo e estadiamento da doença. As opções podem incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Alguns tipos de câncer infantil podem ser tratados com altas doses de quimioterapia seguidas de um transplante de células-tronco. Novas medicações também estão auxiliando nesse tratamento como terapias alvo e imunoterapias.
No Brasil a taxa de mortalidade do câncer infantil ainda é muito elevada. Um levantamento divulgado este mês pelo Instituto Desiderata concluiu que a média de mortes por câncer infantil no Brasil é quase duas vezes maior do que nos Estados Unidos. Enquanto aqui a média de mortes no período analisado (de 2000 a 2019) foi de 43,4 por milhão de jovens, nos EUA essa média foi de 22 óbitos por milhão.
Sim! O diagnóstico precoce e preciso, associado ao uso de protocolos terapêuticos voltados para essa população, equipe de saúde experiente e hospitais com credenciamento para o atendimento pediátrico aumentam as chances de cura.
A quimioterapia acontece em ciclos, compostos por dias de administração da medicação e um período de descanso, conforme cada protocolo terapêutico. A duração do tratamento pode variar dependendo o tipo de câncer e estágio da doença. Portanto, o tratamento pode durar entre 2 meses e 2 anos.
Alguns efeitos indesejáveis podem ocorrer como fraqueza, diarreia, perda de peso, mucosite, queda de cabelos, náuseas, vômitos, boca seca, alterações paladar. A Radioterapia é bem comum descamação, escurecimento e vermelhidão da pele, principalmente na região das dobras, como pescoço e virilha.
A criança ou o adolescente em tratamento oncológico precisa frequentemente ser afastados de suas atividades de socialização como escola, passeios, amizades. Além disso, o diagnóstico do câncer infanto-juvenil provoca um sofrimento e instabilidade na dinâmica familiar. O acompanhamento contínuo da equipe multiprofissional, com pedagogos, psicólogos, fisioterapeutas, serviço social, entre outros, desta família é primordial pois assim se estabelece uma relação de respeito e confiança entre familiares e os profissionais, possibilitando a criação de um ambiente mais acolhedor e humanizado.
Estima-se, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), que o percentual mediano dos tumores pediátricos encontrados nos registros de base populacional brasileiros se situa próximo de 3%, o que permite o cálculo estimado de aproximadamente 12.600 casos novos de câncer pediátrico sejam diagnosticados no Brasil por ano, com pico de incidência na faixa de 2 a 5 anos, e um segundo pico entre 16 e 18 anos. A leucemia corresponde a 30% dos casos de câncer, seguida dos Tumores de do Sistema Nervoso Central e Linfomas. No país, o câncer infantil já é a primeira causa de morte por doença nesta faixa etária.
É fundamental o cuidado com a higiene pessoal, principalmente bucal, higiene dos alimentos, evitar contato com pessoas doentes e aglomerações, devido a redução das defesas do corpo associado ao tratamento. A alimentação deve ser saudável, rica em proteínas e calorias, e ingerir uma quantidade abundante de água potável. Cuidados com a pele, que pode sofrer muito durante o tratamento, fazendo uso de loções hidratantes e evitando exposição solar sem proteção. Fazer uso de sintomáticos para náuseas ou dores é recomendado.
Atualmente se reconhece que o aparecimento do câncer está diretamente vinculado a uma multiplicidade de causas e que em alguns tipos de câncer a susceptibilidade genética tem papel importante. É reconhecido na literatura científica que há um vasto número de doenças raras ligadas à instabilidade cromossômica, ao defeito de replicação e/ou no reparo do DNA que apresentam risco elevado de desenvolvimento de neoplasias ao longo da vida. Assim como, é sabido que radiação ionizante (RAIOS-X) e alguns agentes virais, como o Epstein Barr Vírus possui relação com certos tipos de tumores.
Acompanhamento psicológico é importante durante tratamento não apenas para as crianças, mas também para toda família, é fundamental para criança para que ela se recupere de forma saudável, e consiga lidar com seus medos e frustrações. As instituições de referência e habilitadas normalmente oferecem esse tipo de serviço. Além disso, serviços de apoio, como o Instituto do Câncer Infantil, também podem auxiliar com equipe multidisciplinar.
Ingesta frequente de líquidos - se houver restrição para beber líquidos seguir recomendação médica;
Antes de iniciar cada aplicação do tratamento radioterapia, a pele deve estar limpa e sem resíduos de pomadas ou cremes;
Evite banhos quentes, banho morno, sabonete neutro;
Evite exposição ao sol da pele irradiada;
Seque levemente a pele, não coçar a área que está recebendo irradiação;
Não depilar com cera depilatória ou lâmina a área em tratamento;
Os efeitos colaterais da radioterapia estão diretamente relacionados com área do corpo irradiada, dose administrada, tipo radiação e a capacidade das células saudáveis em reparar o dano. Os efeitos cumulativos da radioterapia podem aparecer durante a 3ª semana após início do tratamento. Esses efeitos podem ser agudos ou crônicos e as manifestações podem ser precoces ou tardias. Um dos efeitos Colaterais mais comuns é a fadiga. reações cutâneas, comum a descamação, escurecimento e vermelhidão da pele, principalmente na região das dobras, como pescoço e virilha. Perda de cabelo, náuseas, vômitos, perda de apetite.
Para receber a infusão das novas células o paciente precisa ter sido submetido primeiramente por um tratamento onde a medula óssea será destruída, recebendo altas doses de quimioterapia e de radioterapia. Então ele recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão sangue. Uma vez na corrente sanguínea, as células novas da medula circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem, o que chamamos de “Pega”. Após isso, torcer para que a medula do doador se adapte e não seja rejeitada.
É um tratamento na qual se utilizam radiações ionizantes para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Estas radiações não são visualizadas e durante sua aplicação a criança não sente nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com quimioterapia.
O transplante de medula deve ser indicado quando as chances de cura apenas com a terapia convencional são muito baixas. O transplante de medula óssea pode ser realizado com a medula do próprio paciente (autólogo) ou de um doador (Alogênico).
Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário a medula será rejeitada. Análise da compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir do sangue do doador e receptor, chamado de exames histocompatibilidade.
Qualquer pessoa saudável, maior de 18 anos e menor que 60 anos, pode se inscrever como doador de medula óssea em um banco de sangue ou hemocentro que faça o cadastro. Para a inscrição no banco de doadores, chamado REDOME, é necessário o preenchimento e assinatura dos termos e a coleta de sangue periférico. Quando for encontrado algum receptor compatível, você será contactado e novas coletas serão realizadas. Se a compatibilidade for confirmada, a medula óssea (sangue que encontramos dentro dos ossos) será coletada sob anestesia, sendo liberada no mesmo dia do procedimento.
Você pode entrar em contato conosco através do número 0800 0606 142 - A ligação é gratuita, vamos te retornar em alguns segundos.
São basicamente divididos em 3 tipos:
Alogênico: células tronco hematopoiéticas de um doador. Pode ser aparentado (irmão), não aparentado compatível (Doador fora da família) ou Haploidêntico (Pai ou mãe)
Autólogo: próprias células tronco hematopoiéticas do paciente são removidas antes que a quimioterapia e radioterapia de altas doses sejam administradas, então, armazenados para posterior uso. Após quimioterapia e radiação estarem finalizadas as células colhidas são infundidas na criança.
Singênico: doador é irmão gêmeo idêntico, mesma placenta.